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Como melhorar a sua habilidade na escrita

Não é por acaso que dizem que escrever é uma arte: a atividade requer habilidades que vão muito além de saber exatamente o que se quer dizer, sendo fundamental as estruturas que se escolhe. Da mesma forma como um texto bem escrito realça o conteúdo, uma produção com construções “pobres” pode desvalorizá-lo e até mesmo comprometer a compreensão dos leitores, por isso é importante ter atenção à fluência do texto, que é muito influenciada pela forma como se constrói e se conecta as sentenças. Saber conectar sentenças propriamente evita que o texto pareça “repicado”, como se as partes não compusessem um todo coeso, e, principalmente, facilita a compreensão do que está sendo dito.

Outra forma de evitar este efeito “repicado” no texto é se utilizar de expressões de ênfase que pontuam o que você quer dizer ao mesmo tempo em que introduzem ideias e citações de forma harmônica (caso de: “nas palavras de…”, “conforme enfatizado previamente…”, “observa-se que…”, etc.). Esta técnica, chamada de sinalização, ajuda a conduzir o leitor, tornando a leitura mais clara. A seguir, confira algumas estratégias para conectar frases explorando bem a técnica de sinalização em diferentes ocasiões.

Conjunções subordinativas e coordenativas

Geralmente quando se escreve, especialmente em textos acadêmicos, coloca-se ideias diferentes em diálogo e, ao transformá-las em orações, é preciso conectá-las. Segundo as regras gramaticais, as frases podem se relacionar por subordinação ou coordenação, e, a depender da classificação, utiliza-se diferentes conjunções. Conjunções que conectam orações subordinadas são chamadas de subordinativas (sendo as mais usadas “que”, “se”, “embora”, “porque” e “quando”) e aquelas que conectam orações coordenadas são chamadas de coordenativas (sendo as mais usadas “e”, “mas”, “logo”, “porém” e “porque”).

Como pode ser observado, algumas conjunções podem se repetir nos dois grupos e isso acontece porque o que explica a classificação é o contexto. No caso da relação de subordinação, as orações possuem uma relação de dependência de sentido entre si, enquanto na relação de coordenação as orações se relacionam, mas possuem sentido completo isoladamente. A importância destas conjunções é evitar que se use ponto final excessivamente, dando a impressão de pouca articulação entre as ideias apresentadas.

Sobreposição

A noção de sobreposição se apresenta quando se pretende opor dois pontos de vista sobre uma mesma questão. Neste caso, expressões introdutórias como “embora…”, “se por um lado…” ou “apesar de” ajudam a demonstrar a sobreposição de ideias criando uma unidade do raciocínio numa mesma estrutura frasal, o que evita confusão por parte do leitor.

Orações relativas

Orações relativas são aquelas que representam uma ideia já mencionada na oração anterior, porém sem incorrer na redundância de repetir nominalmente a ideia já apresentada. Um exemplo do disso seria: “Os resultados, que não são conclusivos, indicam que…”. Neste caso, as orações são ligadas pelo pronome relativo “que” (o mais recorrente), que evita a repetição do termo “resultados”. A importância desta estrutura é evitar redundância no texto, que pode criar o efeito de circularidade e pouca clareza. Outros pronomes relativos usados são “o qual”, “cujo”, “onde”, “quem” e “quanto”.

Pronomes demonstrativos

Se no exemplo anterior a ideia é evitar a redundância em nome da melhor fluência e clareza do texto, aqui a proposta é explorar a retomada de um tema para enfatizar uma ideia. Pronomes demonstrativos são utilizados exatamente para enfatizar a posição de uma palavra ou ideia em relação a outras, a exemplo de: “Tal proposta só é possível porque…”. Neste exemplo fica claro que a referida proposta é algo sobre o qual já foi falado e o pronome demonstrativo “tal” ajuda a enfatizar mais uma ideia que será agregada ao debate em curso. Outros pronomes demonstrativos bastante usados para recuperar e enfatizar ideias debatidas no texto são “este”, “aquele”, “aquilo” e “mesmo”.

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