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Orientador não dá suporte necessário.Onde mais conseguir apoio?

Ser um pós-graduando, em particular durante o doutorado, coloca o pesquisador na difícil posição de precisar ser responsável pela própria pesquisa e sobre ela dar um retorno satisfatório, enquanto ao mesmo tempo ainda precisa da presença de seu orientador para oferecer-lhe apoio acadêmico e até mesmo emocional. Num mundo ideal, haveria apenas um orientando para cada orientador e este último seria capaz de sanar todas as dúvidas e problemas do primeiro, mas na vida real compete-se pela atenção do orientador tanto com outros orientados quanto com as demais atividades deste. O que fazer então?

Bem, para começar, a situação nunca é a mesma para todos. Há quem lide muito bem com isso, resolvendo-se apenas com reuniões pontuais com o orientador para dar andamento à própria pesquisa. Deve-se também lembrar que há orientadores muito mais disponíveis e ativos que outros, algo que varia tanto de acordo ao estilo pessoal de cada um quanto ao tempo disponível que possuam. De todo modo, é importante ter em mente que nenhum deles será perfeito, então, para aqueles que sentem que a participação do orientador não está suprindo 100% dos problemas que surgem ao longo do doutorado, o ideal é buscar alternativas para remediar a situação sem precisar mudar de orientação (preferencialmente).

Problemas com a pesquisa

Se o problema é falta de engajamento de seu orientador em sua pesquisa, você pode tentar fazer o movimento inverso e buscando produzir mais artigos com ele que unam as questões de pesquisa de ambos. No diálogo deste fazer coletivo, suas questões de pesquisa certamente ficarão mais centralizadas e será mais fácil resolver suas dúvidas. Caso o problema seja o fato de que a pesquisa de seu orientador não está em alguns pontos relacionada à sua – e ele não seja um especialista em algum ponto importante de sua argumentação – o ideal pode ser procurar uma coorientação (com o concordância de seu orientador, obviamente). Este coorientador pode estar tanto dentro quanto fora de seu programa de pós-graduação, o importante é que seja qualificado e capaz de ajudar-lhe com suas questões.

Apoio emocional

Quando o orientador torna-se amigo do orientando a relação entre os dois geralmente tende a fluir melhor em todos os aspectos, mas isso nem sempre acontece e não indica uma deficiência do processo de orientação, uma vez que amizades são da ordem dos afetos e aqui estamos falando de trabalho. Se você não é amigo de seu orientador, pode sentir-se tímido para abordar assuntos de ordem pessoal que estejam atrapalhando sua vida acadêmica ou problemas emocionais que surjam devido à pressão do trabalho. Neste caso, desabafar com amigos é importante e também com colegas de doutorado mais próximos que entendam os problemas pelos quais esteja passando. Em casos mais graves, deve-se inclusive procurar ajuda profissional para lidar com problemas emocionais originados no trabalho e muitas universidades públicas oferecem serviço de saúde aos alunos que contemplam atendimento psíquico.

Compartilhando dúvidas e experiências

Todas as classes profissionais padecem de problemas comuns àqueles que exercem dado ofício, e o mesmo ocorre com o pesquisador e também com o específico grupo dos pós-graduandos. Muito provavelmente nem todos os seus amigos são acadêmicos e por isso não conseguem entender as minúcias da sua rotina profissional. Ao mesmo tempo, recorrer ao seu orientador para compartilhar todo e qualquer problema que surja não é o ideal, por isso uma boa alternativa são redes online de compartilhamento de questões acadêmicas voltadas a pós-graduandos. Existem vários canais destinados a isso na internet, tanto nacionais quanto internacionais, e muitos apresentam, dentre outras coisas, uma parte informativa e também a parte de fórum, na qual pode-se propor questões, fazer perguntas e responder dúvidas de outros. Outra boa pedida para compartilhar experiências, solucionar dúvidas e buscar apoio acadêmico em geral são as listas de pós-graduandos de áreas de conhecimento específicas e de cursos de pós-graduação. Vale procurar inteirar-se sobre elas e participar.

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