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O Zika vírus e a integração entre comunidades científicas internacionais

O vírus Zika é transmitido por meio da picada do mosquito Aedes Aegypti. Em 2015, surgiram as primeiras evidências de que ele poderia estar associado ao surgimento de problemas neurológicos (síndrome de Guillain-Barré) e de malformações cerebrais, como a microcefalia, em recém-nascidos cujas mães foram infectadas durante a gravidez.

No entanto, devido ao curto período de estudos, essas associações ainda não são seguras, sendo que as poucas pesquisas não conseguem responder aos inúmeros questionamentos envolvidos.

Transmissão

O Zika é transmitido aos seres humanos por meio da picada do mosquito Aedes Aegypti. Investiga-se atualmente se a propagação poderia ocorrer por meio de transfusão de sangue, de relações sexuais e por meio do contato com urina ou saliva infectadas, já que algumas suspeitas foram relatadas recentemente.

Sintomas

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os principais sintomas do vírus são: febre, manchas na pele, conjuntivite, dor muscular, dor nas articulações, mal-estar e dores de cabeça. Estima-se que apenas 20% dos infectados manifestem esses sintomas. Com menos frequência, foram registrados casos de pacientes com edemas, dores de garganta, tosse, vômito e presença de sangue no esperma. Segundo o biólogo Atila Iamarino, “Não é raro uma doença começar a manifestar novos sintomas conforme o número de casos aumenta”. Os aspectos de maior gravidade do vírus são as possíveis consequências de sua transmissão. Como mencionamos, há algumas evidências que relacionam o surgimento de casos de microcefalia em bebês à contaminação de grávidas. A microcefalia é um termo geral adotado pelos médicos, mas não representa todos os problemas que podem ocorrer em recém-nascidos, já que os futuros estudos é que poderão demonstrar com relativa segurança as consequências geradas. Já foram registrados, por exemplo, casos que envolvem problemas oculares, deformações físicas, alterações motoras entre outros.

 A Síndrome de Guillain-Barré também tem despertado a atenção de cientistas. Trata-se de uma doença neurológica caracterizada pela fraqueza e pela paralisia muscular, que em casos raros (aproximadamente 5% dos doentes) pode ser fatal. Os sintomas persistem em diferentes períodos e o tempo total de recuperação pode ser longo, dependendo de cada caso. Também não há comprovação sobre a relação entre a síndrome e o Zika e por isso a OMS esclarece que não é possível realizar qualquer afirmação até o momento, embora reconheça que há certa coincidência entre o período de aparecimento de casos de infecção por Zika e o aumento no número de pacientes dignosticados com Guillain-Barré.

Prevenção

Como o principal vetor da doença é o Aedes Aegypti, a maneira mais eficiente de evitar a proliferação da doença é eliminar o mosquito. Para isso, basta que a população e as autoridades sanitárias removam os focos de água parada, ambiente ideal para que as fêmeas depositem os ovos. O uso de mosquiteiros e repelentes pode ajudar a prevenir picadas, mas não é efetivo o suficiente.
Um dos maiores interesses das instituições de pesquisa tem sido o desenvolvimento de uma vacina para o Zika. O problema é que o Aedes não transmite apenas esse vírus, sendo o vetor de inúmeras outras doenças, como a febre amarela, a febre chikungunya e a dengue, de modo que a única maneira real de combater o aparecimento e a contaminação dessas doenças é eliminar o mosquito.

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