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Por que o SCImago Journal Rank é importante?

Desenvolvido em 2008 pelos professores Félix de Moya e Vicente Guerrero da Universidade da Estremadura (Espanha), o índice SCImago Journal Rank se coloca no contexto internacional como mais um recente e promissor método para avaliar periódicos científicos. Embora o fator de impacto (Thomson Reuters) ainda seja o principal índice usado para tais fins, este vem sendo muito criticado nos últimos anos, em particular pelo fato de seu método de avaliação dar muito peso à quantidade de citações recebidas pelos periódicos científicos sem considerar a qualidade do conteúdo publicado como critério de avaliação. Neste quesito em particular, o índice SCImago se propõe a superar o fator de impacto.

Como funciona o SCImago Journal Rank?

O índice SCImago avalia e ranqueia periódicos científicos a partir da quantidade de citações por eles recebidas nos três anos que se seguem à publicação das edições. Ao contrário do fator de impacto, no entanto, o SCImago Journal Rank leva em consideração a origem das citações (se provêm de periódicos de ponta ou periódicos medianos) e também a lógica de citações própria a cada subárea, uma vez que em determinadas áreas utiliza-se tradicionalmente mais itens de referência que em outras. Assim sendo, o índice SCImago tem um caráter mais qualitativo e contextual que o fator de impacto, utilizando um algoritmo que adota uma lógica de funcionamento semelhante à do algoritmo PageRank do Google.

SCImago Journal Rank versus Eigenfactor

O SCImago Journal Rank e o eigenfactor (criado apenas um ano antes do índice SCImago) têm muito em comum. Ambos se apresentam como uma alternativa ao fator de impacto, utilizando a tecnologia em seu favor para dar mais centralidade à qualidade no processo de avaliação de periódicos científicos. O algoritmo utilizado por ambos possui lógica semelhante ao PageRank do Google e funciona da seguinte forma: todos os periódicos da base de dados utilizada como referência são tomados como um todo e partir da quantidade de itens deste todo chega-se a um valor médio de referência segundo o qual os periódicos científicos serão calculados como acima ou abaixo da média.

O que diferenciará um periódico dos outros serão o número de citações recebidas, a origem destas e a lógica de citação de cada subárea. Na comparação entre os dois índices, no entanto, é necessária a ressalva de que o SCImago Journal Rank oferece uma avaliação mais próxima àquela fornecida pelo índice chamado de influência do artigo, que corresponde ao eigenfactor da publicação divido pelo número de artigos publicados pelo periódico no ano de referência.

No quesito diferenças entre os índices, a principal é a base de dados usada por eles como referência: enquanto o eigenfactor utiliza o Thomson Scientific’s Journal Citation Reports (JCR), o SCImago Journal Rank utiliza o Scopus. Além disso, o eigenfactor utiliza para análise dados coletados ao longo dos primeiros cinco anos após a publicação do ano de referência, mas apesar destas diferenças, a proposta de ambos os índices é muito parecida.

SCImago Journal Rank versus Fator de Impacto

Além de dar mais evidência ao quesito qualidade na análise das citações recebidas pelos periódicos científicos no processo de avaliação dos mesmos, o SCImago Journal Rank apresenta algumas outras vantagens em relação ao fator de impacto. Para começar, o índice SCImago possui um processo mais transparente, uma vez que os cálculos são feitos a partir dos dados fornecidos diretamente pela base. No caso do fator de impacto, apenas o instituo Thomson Reuters pode realizar o cálculo, já que os dados não são públicos. O SCImago Journal Rank apresenta o diferencial de considerar apenas citações de periódicos que utilizam o método de avaliação por pares, além de se utilizar de uma base de dados mais abrangente que aquela usada pelo fator de impacto. No quesito desvantagens em relação ao fator de impacto, a principal delas seria a densidade do SCImago Journal Rank, um índice contextual e por isso mais complexo para ser calculado e compreendido

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