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Vaidade do sucesso através da maquiagem dos resultados da pesquisa

Pesquisa significa a ação de buscar, indagar ou investigar algo. O conjunto de dados coletados a partir dessas ações geram as informações que compõe as publicações nas diversas áreas do conhecimento. Em geral, no meio científico, estas são conduzidas de maneira metódica para evitar eventuais desvios ao projeto original, embora que, em casos particulares algumas adaptações são de fato necessárias. Essa organização gera, de forma subliminar, uma perspectiva na mente do investigador, o que induz a suposição resultados aceitáveis durante a realização da pesquisa. Mas o que determina quais resultados são relevantes ou o que ao certo deve ser considerado?

Certo ou errado? Não, a palavra correta é fundamentado

Um dos pilares da atividade universitária é a pesquisa, dela desdém as principais contribuições para o avanço da ciência e o desenvolvimento social. Diante de tal responsabilidade, os pesquisadores devem cautelosos ao escrever suas publicações, uma vez que seu nome está em pauta e sua descrição tornar-se-á referência para outros profissionais.

Ser impessoal na hora da redação, de modo a apresentar os resultados independente de coincidir ou não com o previsto é crucial. Em pesquisa não existe certo e errado, é devido considerar simplesmente os dados fundamentados, de forma que nada seja ocultado. Na descrição, o autor precisa ser leal ao que foi logrado na pesquisa e apresentar de forma clara todas as informações relevantes ao objetivo do projeto, inclusive as intercorrências e dificuldades passadas, de modo a expor de maneira completa o todo o trabalho.

A importância da ética do pesquisador

No meio cientifico há uma espécie de orgulho em divulgar o sucesso na pesquisa, ou melhor, divulgar apenas o esperado. Aquilo que divergir do previsto é dado como irrelevante. Existe também a prática de publicar os dados convenientes a serem aceitos por um determinado grupo ou mesmo pelos editores do periódico, geralmente esses resultados são “maquiados” de forma a apresentarem mais visibilidade e/ou se adequar aos assuntos em destaque na atualidade.

Mas, essa prática não seria ocultação e/ou alteração dados? Sim, e infelizmente parece estar em progressão. A consequência drástica de tudo isso é que, infelizmente, essa ação pode confundir, ou mesmo prejudicar os pesquisadores que tomarem aquele “falso” artigo como referência, inclusive causar atrasos à evolução da ciência.

Sendo assim, a ética mais uma vez é o elemento chave na escrita do artigo. Ser claro, objetivo e principalmente fiel é a forma mais adequada de apresentar uma pesquisa. O escritor deve ter maturidade para não cair nas armadilhas da “conveniência” e não deixar-se levar por modismo ou adversidades. Pouca coisa nesse mundo é perfeitamente compreendida, a natureza é muito complexa e essa é a graça da ciência, desvendar o desconhecido, explicar o que antes era inexplicável, criar o não até então inexistente.

Tentativas frustradas, mudança de perspectivas e adaptações fazem parte deste mundo e de quem atua nele. Portanto o “erro”, na verdade, não deve ser assim considerado, no máximo, pode ser dito como uma possibilidade não desejada, mas que existe e não deve ser ignorada.

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