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Papel dos revisores em combater o plágio

Papel dos RevisoresA questão do plágio em artigo científico é algo preocupante, já que a sociedade depende cada vez mais de novos conhecimentos para continuar avançando cientificamente. Na Internet existem muitos trabalhos científicos em acesso aberto, o que facilita a cópia de informações por outros pesquisadores.

O número de publicações científicas teve um aumento considerável nos últimos anos, tanto no formato digital quanto no formato em papel, sejam teses, dissertações, livros ou artigos de periódicos. Com isto, aumenta-se também o risco de encontrar publicações de autoria duvidosa. Um dos problemas da atualidade é a publicação de artigos científicos com plágio, ou seja, o uso das ideias de outras pessoas sem a correta citação da fonte, a cópia do trabalho completo e a repetição das informações pelo mesmo autor em diversas obras.

Por conta disso, um dos trabalhos dos revisores dos periódicos é detectar plágio nas publicações científicas. Em comunicado à comunidade acadêmica no ano de 2011, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) recomendou que as instituições de ensino superior devem promover atividades de conscientização sobre o plágio quando da redação de documentos como teses, monografias, artigos e demais textos que caracterizem a formulação de ideias ou elaboração textual de maneira original (inédita). Fatos recentes demonstram que o plágio passou a ocupar um maior espaço na sociedade, principalmente em decorrência do acesso a documentos eletrônicos.

Tem sido atribuída aos editores de revistas a responsabilidade sobre a legitimidade da pesquisa que publicam. Entretanto, esta responsabilidade não deve ser atribuída somente aos editores e revisores dos periódicos e comitês de ética das instituições. Especialmente no Brasil, são claras as dificuldades enfrentadas por eles, que também possuem uma carreira científica que deve ser igualmente produtiva, sob pena de influenciarem na qualificação do periódico pelo qual se responsabilizam. Além disto, casos como os de manipulação de resultados, análise “questionável” dos resultados e uso de informações confidenciais, dificilmente poderão ser verificados por estes profissionais.

Por conta disso, para evitar cometer plágio sem nem mesmo perceber, muitos pesquisadores recorrem a empresas especializadas, onde profissionais treinados auxiliam na revisão de inglês, caso o autor deseje publicar em periódicos internacionais, e realizam também a revisão por pares.

Integridade, de acordo com o Office of Research Integrity (ORI), significa “adesão às normas, regulamentos, orientações e códigos e também às normas profissionais comumente aceitas”. Acredita-se que a formação de um profissional íntegro deve ser preocupação das instituições envolvidas em sua formação. A construção de um profissional consciente da necessidade de conduta responsável em pesquisa deve ter seu início na graduação e continuar durante toda a vida acadêmica do indivíduo.

A integridade em pesquisa é essencial para a confiabilidade dos resultados e manutenção do suporte público à pesquisa.

Referências:

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